:: Blog linked to the e-journal "Cadernos CIMEAC" (ISSN 2178-9770), a biannual publication on popular education. "Cadernos CIMEAC" publishes original articles, reviews and interviews in Portuguese, English, Spanish and French. All content is freely available at: https://sites.google.com/site/cadernoscimeac/

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Cadernos CIMEAC em nova URL

Informamos aos leitores(as) e autores(as) que a revista eletrônica Cadernos CIMEAC está em nova URL. Após a transferência dos arquivos e a revalidação do ISSN, o periódico foi efetivamente incorporado pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), de modo que está disponível neste endereço: http://www.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/cimeac

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Nova edição (v. 02, 2012) - Cadernos CIMEAC

Com a publicação deste segundo volume, a revista Cadernos CIMEAC inaugura com bastante satisfação seu segundo ano de trabalhos. Aqueles que, de alguma forma, se engajam nos esforços em educação popular bem sabem o quanto pode ser penosa a atividade na área – vide o sem-número de dificuldades de obtenção de recursos, por exemplo, para a compra de material; a absoluta falta de espaço para a formação/manutenção de uma escola; a carência de recursos para custear alugueis e taxas afins etc. É justamente à luz dessas dificuldades que o sucesso na publicação de uma revista semestral oferece um contraste animador para a paisagem por vezes pálida da educação popular.

O presente número significa um momento extremamente importante para este nosso espaço de discussão: é a primeira edição da revista que conta, exclusivamente, com a colaboração de autores não-vinculados ao Centro de Investigações de Metodologias Educacionais Alternativas Conexão. As temáticas abordadas, ademais, enriquecem bastante a proposta da revista, já que colocam, em diversos matizes, questões fundamentais para o pensamento contemporâneo em educação. Destacamos, de partida, a entrevista gentilmente concedida ao CIMEAC pelo professor Michel Onfray – filósofo francês, autor de inúmeras obras já traduzidas em diversos países, fundador da Universidade Popular de Caen em 2002. Nesta entrevista (toda realizada em francês, de modo que se encontra publicada, aqui, em formato bilíngue – português-francês), Onfray discute as principais orientações que deram forma e sentido a uma Universidade popular na França, articulando a experiência prática (afinal, a UP de Caen festeja uma década de existência em 2012!) com a reflexão teórica de um pensamento autointitulado “libertário”. Agradecemos, ainda, a importante colaboração de Carlos Augusto Rodrigues na tradução do texto para o português.

Abrindo a seção de artigos, o professor Mauro Iasi (UFRJ, Núcleo de Educação Popular 13 de Maio) – autor que gentilmente aceitou o convite para publicação neste número –, em conferência realizada na UFSC e publicada pela primeira vez na revista Universidade e Sociedade – ANDES (n. 48, ano XXI, julho de 2011), retoma o problema da “consciência” nas obras de Marx e Engels (discutindo com autores centrais do pensamento marxista – Lenin, Lukács, Sartre etc.) no sentido de pensar, à luz do presente brasileiro, as possibilidades e os limites da educação no pensamento de esquerda. Saindo um pouco desse terreno áspero de toda essa importante discussão teórica e política sobre a “fragmentação” da esquerda, o texto de Priscilla Amaral destaca alguns aspectos do ensino-aprendizagem do teatro nas salas de aula, enfatizando o “fazer artístico” como elemento fundamental para o aprofundamento do trabalho das diversas linguagens na sala de aula (retomando, portanto, uma discussão atinente aos próprios PCN). Os três artigos seguintes foram enviados por professoras-pesquisadoras de Roraima que tiveram contato com parte do grupo do CIMEAC em um curso ministrado por Genaro A. Fonseca e Danilo Seithi Kato na UNESP de Araraquara (em outubro de 2011). O primeiro texto, escrito por Ana Célia de Oliveira Paz, discute a formação profissional do gestor escolar no sentido de fundamentar a administração da escola em matrizes democráticas. As duas últimas contribuições versam sobre práticas de leitura nas salas de aula: Lysne Nôzenir de Lima apresenta alguns pontos de um projeto de sala de leitura desenvolvido em uma escola de ensino fundamental na periferia de Boa Vista (Roraima) – o objetivo é, “por meio de um professor capacitado que deverá realizar atividades de leitura”, construir possibilidades para o desenvolvimento da criatividade e do pensamento lógico, além do incentivo ao hábito da leitura aos estudantes por meio de ações realizadas “em parceria com todos os professores, oportunizando assim o fortalecimento e integração no processo de ensino aprendizagem”; Simone Refkalefsky Varela discute os resultados de uma pesquisa feita junto a uma escola da rede pública de Boa Vista sobre a prática da leitura, entrelaçando a prática de formação de jovens leitores e as propostas dos PCN.
Agradecemos, portanto, a todos os autores, leitores e colaboradores, na esperança de que esta edição amplie a discussão em educação popular.


Para conferir a revista: https://sites.google.com/site/cadernoscimeac

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Publicação da edição número 01 - Cadernos CIMEAC

Texto introdutório do primeiro número da revista Cadernos CIMEAC

Vem a lume o primeiro número da revista Cadernos CIMEAC, publicação semestral mantida pelo Centro de Investigações de Metodologias Educacionais Alternativas Conexão (CIMEAC) – sediado em Ribeirão Preto (SP), contando com a iniciativa de professores das redes pública e privada de ensino, professores universitários (USP, UNESP, UNICAMP), estudantes e profissionais liberais. A publicação dos Cadernos CIMEAC pretende tornar possível um antigo desejo, já bastante discutido nos fóruns de cursinhos populares do estado de São Paulo: a criação de um veículo de difusão das discussões sobre educação popular desenvolvidas no âmbito daqueles encontros. Sobretudo a partir das propostas desenvolvidas no Fórum de 2010 (realizado na cidade de Franca – SP), o projeto de uma revista tomou as preocupações dos integrantes do CIMEAC, de modo que em novembro daquele mesmo ano a ideia definitivamente tomou corpo por meio de uma revista eletrônica (devidamente registrada com ISSN) de publicação semestral.

Entendemos, pois, que a criação de um veículo para proposição de temáticas referentes à educação popular implica muito mais do que a difusão dos tópicos levantados nos fóruns e encontros de cursinhos populares: a publicação eletrônica deve ser o esforço de construção de um espaço de debate que consiga colocar, em termos teóricos e práticos, menos as certezas da escolarização moderna do que as alternativas que permitam pensar diferente – construção, também, das possibilidades e dos limites da própria educação popular (este termo tão ambíguo quanto amplo...) no mundo contemporâneo, de forma que, à luz das práticas e das questões mais gerais referentes ao ensino (questões históricas, políticas, filosóficas, didáticas, sociológicas, antropológicas etc.), o próprio ato da educação possa ser (re)pensado. Construção, sobretudo, coletiva, que não se encerre na colaboração do scholar, mas que seja capaz de colocar as palavras dos diversos grupos envolvidos na educação popular em um espaço que jamais descarte a solidez do debate teórico – à luz de uma prática que não tema se reinventar.

* * *

Neste primeiro número, os Cadernos CIMEAC contam com três artigos originais e uma resenha. No primeiro texto, Danilo Seithi Kato pretende fazer um estudo quase “tipológico” de alguns dos chamados “cursinhos populares” (ou “comunitários”) em atividade no estado de São Paulo, discutindo os objetivos e os aparatos metodológicos daquelas instituições no sentido de pensar alguns aspectos do complexo processo de “inserção” dos alunos no que Kato chama de “espaços e oportunidades assimilados pelos grupos sociais hegemônicos” (a Universidade pública, por exemplo). Em “Educação, liberdade e democracia: uma conexão possível”, Genaro Alvarenga Fonseca busca analisar os sentidos e possibilidades da educação no século XXI por meio de um resgate da discussão sobre as propostas de “escolas democráticas” que remontam aos anos 1920 (desde, pelo menos, a experiência em Summerhill). O artigo seguinte, escrito por Ivan Aparecido Manoel e gentilmente concedido pelo autor aos Cadernos CIMEAC para publicação do texto integral, oferece um instigante painel sobre a história da educação no Brasil por meio do ensino de História: o autor apresenta as principais linhas de força que orientaram a formação do ensino de História desde a criação do Imperial Colégio de Pedro II, passando pelas reformas republicanas e chegando aos nossos dias por meio dos PCN. Este número é finalizado com uma resenha escrita por Felipe Ziotti Narita sobre o livro “Educação escolar: políticas, estrutura e organização”, de José Carlos Libâneo, João Ferreira de Oliveira e Mirza Seabra Toschi.

Desejamos, enfim, que a leitura dos quatro textos aqui presentes seja proveitosa, sinalizando, já de partida, alguns tópicos fundamentais para este espaço cujo enfoque será fundamentalmente a educação popular.

Os Editores.
Ribeirão Preto, julho de 2011.


O conteúdo pode ser livremente acessado em: https://sites.google.com/site/cadernoscimeac